Por ocasião do Curso Breve do Instituto de Psicanálise da Bahia (IPB), ocorrido nos dias…
Editorial Lapsus nº21
Após um lapso de tempo, a LAPSUS retorna as suas atividades em 2019. Com nova equipe e novo layout, a publicação dos associados do Instituto de Psicanálise da Bahia desperta com a letra dos associados – um esforço de cernir o real em jogo para cada autor, a partir da sua escrita singular. Sonho, desejo e despertar se tornam as três cordas enlaçadas que dão consistência à nossa publicação, permitindo que a LAPSUS se dê a ler.
Abrimos esta edição com a entrevista realizada com Marina Recalde, onde debatemos transferência, estrutura e interpretação a partir da produção onírica. Contamos também com o texto de Marcelo Braz, que nos permite pensar o lugar da psicanálise a partir do impossível sonho da medicina, tomado pelo mito de Sísifo, indicando um saber para além da repetição significante. Do sonho da medicina ao despertar social, Glaycianny Pires Alves Lira e Marília Santiago de Arruda salientam que é através do impossível de governar que vemos surgir algo do despertar, articulando o real com a política. O lugar do sonho como travessia, própria de um percurso analítico, é debatido por Glaycianny Lira e Rhuan Pablo. Finalizando a seção de textos, Thaís Moraes Correia aborda o suicídio como passagem ao ato.
Na seção de intercâmbio, Nayhara Reis revisita as operações freudianas e lacanianas da interpretação dos sonhos para apontar o uso do sonho como instrumento de despertar em uma análise na época atual. Sob a metodologia da disciplina do comentário, sonho e despertar são esmiuçados por Rogério Barros, Wilker França e Júlia Solano. A partir de trechos de Freud, Lacan e Miller, elucida-se a impossível aproximação ao real realizada pela construção onírica.
Fechamos a nossa edição com a resenha de Luiza Sarno do livro Suenos y despertares: uma elucidación psicoanalítica de Carolina Koretzky, publicado em 2019.
Desejamos a todos uma leitura desperta.